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sábado, 26 de janeiro de 2013

Pacientes ficam sem acompanhamento na Santa Mônica

Do gazetaweb.com


A greve dos médicos em Alagoas, que já dura mais de quarenta dias, deixou pacientes sem acompanhamento especializado na Maternidade Santa Mônica. Sem a realização de consultas periódicas, gestantes de alto risco temem complicações. 

Esse é o caso de Luciana Fidélis Alves, de 26 anos. Ela está no sétimo mês de gestação, é considerada uma paciente com quadro delicado de saúde por ser portadora de lúpus (doença inflamatória crônica) e deveria ser acompanhada na Santa Mônica. “Fui encaminhada por um posto de saúde para fazer o pré-natal na Santa Mônica, mas estou há um mês sem acompanhamento. É revoltante isso que está acontecendo”, declarou a desempregada.

Sem alternativa para acompanhar a evolução da gravidez, Luciana disse que deve tentar atendimento em outros estados. “Não é justo o que o governador está fazendo com a gente. Tem muitas mulheres com problemas sérios de saúde como pressão alta e problemas cardíacos. Os médicos estão certos de realizarem greve porque não tinha nem mesmo equipamentos para eles trabalharem. Agora vou esperar até o próximo mês para ver se a situação melhora. Vou atrás de atendimento público em outro estado ou terei que pagar mesmo sem condições financeiras”, disse Luciana.

A diretora da Maternidade Santa Mônica, Rita Lessa, confirma a situação e diz que atualmente apenas assistentes sociais, psicólogos e outros profissionais estão atuando no ambulatório. Entretanto, ela informou que o atendimento emergencial às gestantes está mantido, mesmo com a greve dos médicos. “Temos no ambulatório infelizmente apenas profissionais não médicos. Eles acompanham o pré-parto e puerpério. A gente precisa que eles voltem, mas a assistência imediata está mantida”, falou.

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